Mortem
É falta. Falta em campo, é agressão. Falta de vida, humanidade e de capacidade de continuar. Falta de destino. E essa falta, esse erro na Matrix nos faz e nos torna falta. Faltosos de alguém, com algo a menos, com vida a menos. É empurrão. Na esperança dos afetados, empurrão do penhasco dos sonhos, na vida procrastinada e não valorizada. É aquele de sacudir o interior, que vem por trás, totalmente inesperado. É confusão. Latim para os monolíngues . Enigma indecifrável do inferno que vivemos. Cubo mágico com uma cor a menos, insolúvel. Inadmissível, é luz que não clareia. Luz ultravioleta, desnorteia. É enxaqueca, vertigem, tropeço e tonteira. É tiro. Na cabeça de todos que não são mais sãos. No coração de quem precisa sofrer. Pela culatra do destino. No pé dos desavisados. É o de borracha que acerta na virilha, no foco mais sensível do humano. É tiro de onda da entidade que carrega a foice, levando mais um. É droga. Daquela dita toda hora, sempre presente. Daquela posta na boca